A seguir, dados de pessoas ilustres, nascidas ou não em Lavras do Sul, que marcaram a história, representando nosso município em várias áreas da sociedade.
Pouquíssimas pessoas sabem, mas em 1827, , Luís Alves de Lima e Silva o Duque de Caxias, esteve no território de Lavras do Sul para reforçar o exército que comandava, contra o exército argentino, com elementos enviados por D. Pedro I, durante a Guerra da Cisplatina: foi em terras lavrenses que o exército se reforçou para a Batalha de Passo do Rosário; por quase cinco dias, o exército argentino ficou retido em Bagé, em razão de um forte temporal.
Osvaldo Aranha era de Alegrete. Foi um dos grandes nomes da política mundial, sendo responsável por um dos primeiros discursos após a fundação das Nações Unidas, em 1949. Era defensor do governo no RS e líder militar, sobrevivendo a um atentado à sua pessoa no combate de Seivalzinho, nos campos de Caçapava do Sul. Os primeiros socorros do atentado a ele foram realizados em Lavras do Sul, e depois, foi atendido em Bagé. Liderou no Rio Grande do Sul a Revolução de 30. A rua que fica nos altos da cidade, junto à Vila da Olaria, leva o seu nome.
Licínio Atanásio Cardoso nasceu em Lavras do Sul, no dia 2 de maio de 1852 e faleceu em Lisboa, no dia 1º de junho de 1926. Foi militar, engenheiro, professor, médico e matemático. Era filho de Vicente Xavier Cardoso e de Felisbina Barcelos do Santo; concluiu a Escola Militar em 1874 e, em 1879, concluiu o curso de engenharia militar. Promovido a capitão, em 1885, no ano seguinte foi nomeado professor de matemática da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, segundo informações do escritor Walter Spalding. Em 1900 formou-se em medicina, dedicando-se a homeopatia, introduzindo esta ciência no Brasil. Nos anos 1910, fundou faculdades e hospitais, e em 1923, publicou a obra. Dinioterapia Autonósica, que fala sobre transformações do sangue. Uma das principais escolas de Lavras do Sul recebe seu nome e está localizada na esquina das Ruas Dr. Pires Porto e Barão do Rio Branco.
Glênio Peres nasceu em 1933, em Lavras do Sul. Foi jornalista, ator e político, fazendo carreira nos já extintos jornais Diário de Notícias e O Estado do Rio Grande, além de colaborar com O Pasquim e a revista Cadernos do Terceiro Mundo. Eleito vereador em Porto Alegre em três legislaturas (MDB), foi cassado e voltou à política na Reabertura Política, no início da década de 1980. Foi um dos fundadores do PDT e conquistou o seu quarto mandato de vereador e, em 1985, eleito vice-prefeito de Porto Alegre na chapa de Alceu Collares. Faleceu vítima de câncer, na capital gaúcha, em 27 de fevereiro de 1988, onde, em sua homenagem, foi erguido o Largo Glênio Peres, no ponto mais central da cidade.
Paulo José Gómez de Sousa nasceu em 20 de março de 1937, em Lavras do Sul, e faleceu no Rio de Janeiro, em 11 de agosto de 2021. Foi um dos maiores atores e diretores da classe artística brasileira. Foi casado com Dina Sfat, com quem teve três filhas, as atrizes Bel Kutner, Ana Kutner e Clara; com a atriz Beth Caruso, com quem teve um filho, Paulo Caruso; e com Zezé Polessa. Começou a fazer teatro em 1955, em Porto Alegre, onde ajudou a criar o Teatro de Equipe, além de ser um dos mais ativos e talentosos atores brasileiros dos últimos 50 anos, com presença destacada no cinema, teatro e televisão, e de ter dirigido vários espetáculos de teatro, Foi diretor e atuou em trabalhos marcantes como o seriado Shazan, Xerife & Cia, entre 1972 e 1974, as minisséries O Tempo e o Vento, de 1985; Agosto, de 1993; Incidente em Antares, de 1994; e a novela Por Amor, de 1997. Um de seus mais recentes trabalhos foi no filme “O Palhaço”, de 2011.
Gujo Teixeira: Paulo Henrique Teixeira de Sousa é porto-alegrense de nascimento, nascido em 1972, mas se considera lavrense, sendo um cidadão do Município; é conhecido pelo nome artístico de Gujo Teixeira, e é músico, compositor, poeta e pecuarista. Gujo estudou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde se formou técnico agrícola e, mais tarde, em medicina veterinária. Reside em Lavras do Sul, onde escreve seus poemas, músicas e livros, e trabalha na produção pecuária, exercendo a profissão em sua propriedade rural. Ainda estando jovem, Gujo Teixeira já é reconhecido no meio tradicionalista gaúcho, tendo recebido dezenas prêmios em festivais e tendo gravado com grandes nomes da música nativista.
Edilberto Teixeira nasceu na estância de seu avô em Pontas do Salso, município de São Gabriel, em 1934, filho de Valério Teixeira Neto e Maria Julia Teixeira. Faleceu em 1998. Foi casado com Elba La-Rocca Teixeira e teve cinco filhos: Mariano, Ana Julia, Ana Suely, Rodrigo e Ana Rita. Advogado e agropecuarista, era proprietário da Estância do Capão, em Santa Margarida do Sul. Letrista colaborador de vários Festivais de Música do RS, autor de diversos livros tradicionalistas e do clássico lavrense, de 1992, Lavras do Sul – na Bateia do Tempo.
Carlos Moraes nasceu em Lavras do Sul, em 1941 e morreu em São Paulo, em 2019. Foi ordenado sacerdote em 1966. Em 1973, com base na Lei de Segurança Nacional, foi julgado e preso em Bagé, onde atuava. Dedicou-se, depois, definitivamente, ao jornalismo em São Paulo, onde foi repórter da revista Realidade e editor das revistas Psicologia Atual e Ícaro Brasil. Além de um livro de crônicas, O lobisanjo (1970), publicou algumas obras infanto-juvenis. Com A vingança do Timão, ganhou o Prêmio Jabuti desta categoria em 1981.
José Néri da Silveira, nascido em 1932, é um magistrado brasileiro, ex- presidente do Supremo Tribunal Federal. Como ministro do Supremo Tribunal Federal, foi nomeado presidente desta Suprema Corte em 1988. Exerceu o Magistério na PUCRS e UFRGS por dezesseis anos, e também na Universidade de Brasília.
O lavrense Sérgio Chaves participou da última missão da ONU, nas Forças de Paz que serviram na Faixa de Gaza. Ao Panorama Lavrense, ele contou que esteve no meio do conflito, na Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, na missão do Canal de Suez, no Egito. Em 1988, os participantes desta missão, e também de demais forças de manutenção da paz, receberam, da ONU, as medalhas de Nobel da Paz. Ao longo de sua trajetória, Sérgio também foi radialista, âncora de telejornal e tem também um trabalho bastante relevante na área da gastronomia, além de participar de primeira edição da Ovinofest, em 2013. Reside atualmente em Caxias do Sul. Esta é uma informação pouco conhecida dos gaúchos, mas que é bem interessante de ser compartilhada.
Na cena musical, há quatro artistas nascidos em Lavras do Sul, de considerável crescimento e sucesso: o cantor Affonso “Ratto” Gómez, que já fez apresentações em vários estados brasileiros, com grande público; Kako Xavier, que grava jingles (música para comerciais) além de realizar shows com músicas populares; Estela La-Bella, que faz diversos. shows pela região; e também Ketlen Esquírio, cantora especializada em Sertanejo Universitário, que faz shows por todo o Estado.