Pampa Gaúcho

Mapas da Região do Pampa Gaúcho

Vamos conhecer um pouco mais sobre os municípios da Região da Campanha / Região Turística do Pampa Gaúcho.

ACEGUÁ

Gentílico: aceguaense

Coordenadas Geográficas: 31° 52′ S 54° 09′ O

Altitude da zona urbana: 280 m

População: 4.505

Área: 1.551,34 Km²

Densidade demográfica: 3 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 440 km.

Expectativa de vida ao nascer: 76 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 264.485.444,00

Idese: 0,749

Emancipação: 1996

Site Oficial: https://acegua.atende.net/cidadao/

Faz fronteira com a cidade uruguaia de Acegua (Departamento de Cerro Largo), por uma rua. Apresenta um free-shop, além de vários haras, com criação de cavalos de grande linhagem exportados para todo o Brasil e utilizados em competições de turfe (em Bagé também existem haras).  Seu clima é subtropical e sua zona urbana localiza-se num ponto mais alto que os arredores (cerca de 200 metros ).

BAGÉ

Gentílico: bageense (ou bajeense)

Coordenadas Geográficas: 31° 19′ 51″ S 54° 06′ 25″ O

Altitude da zona urbana: 212 m

População: 121.321 hab.

Área: 4 090,36 km²

Densidade demográfica: 29,7 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 374 km.

Expectativa de vida ao nascer: 76 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 3.147.704.990,00

Idese: 0,730

Emancipação: 1811

Site Oficial: https://www.bage.rs.gov.br/

Com o apelido de “Rainha da Fronteira”, é maior cidade da região, um grande centro cultural, militar, educacional, comercial e de eventos da região da Campanha. Com mais de 200 anos de história, é um município com diversas características peculiares (como o grupo ”Os Quatro de Bagé”, que fez grande história na arte brasileira. É também a cidade do interior gaúcho com o maior número de campeonatos gaúchos (um título de Grêmio Esportivo de Bagé, em 1925, e dois títulos do Guarany Futebol Clube, em 1920 e 1938). Recebe vários shows nacionais, tem um aeroporto internacional (Comandante Gustavo Kraemer) e a presença de diversas redes de varejo. A criação de gado e produção de arroz se destacam no setor rural.

CAÇAPAVA DO SUL

Gentílico: caçapavano

Coordenadas Geográficas: 30° 30′ 43″ S 53° 29′ 27″ O

Altitude da zona urbana: 444 m

População: 34.460 hab.

Área: 3.047,113 km²

Densidade demográfica: 11 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 258 km.

Expectativa de vida ao nascer: 76 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 853.110.559,00

IDH (2010): 0,704

Emancipação: 1831

Site Oficial: https://cacapavadosul.rs.gov.br/

Conhecida como “Segunda Capital Farroupilha”, Caçapava do Sul foi proclamada, pela UNESCO, em 2023, como Geoparque Mundial, por conta de sua diversidade ambiental e cultural, com vários pontos turísticos, entre eles: Pedra do Segredo, Minas do Camaquã, Forte Dom Pedro II, Cascata do Salto, Guaritas e outros. Na última década, a cultura do azeite  ganhou destaque no município.

CANDIOTA

Gentílico: candiotense

Coordenadas Geográficas: 31° 33′ 28″ S 53° 40′ 22″ O

Altitude da zona urbana: 444 m

População: 34.460 hab.

Área: 3.047,113 km²

Densidade demográfica: 11 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 420 km.

Expectativa de vida ao nascer: 76 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 1.578.189.446,00

IDH (2010): 0,704

Emancipação: 1992

Site Oficial: https://www.candiota.rs.gov.br/

Com a presença de carvão e de uma Usina Termelétrica, Candiota se emancipou nos anos 1990. A cidade tem um traçado urbano peculiar. Apresenta produção de vinhos.

DOM PEDRITO

Gentílico: pedritense

Coordenadas Geográficas: 30° 58′ 58″ S 54° 40′ 22″ O

Altitude da zona urbana: 131 m

População: 36.422 hab.

Área: 5.194,05 km²

Densidade demográfica: 7 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 441 km.

Expectativa de vida ao nascer: 76 anos

Produto Interno Bruto (PIB):  R$ 1.400.215.196,00

IDH (2010): 0,708

Emancipação: 1872

Site Oficial: https://www.dompedrito.rs.gov.br/

Com mais de 5 mil quilômetros quadrados, tem produção vinícola e de gado. Um de seus principais atrativos é a praça central com a famosa Caixa d’Água.

HULHA NEGRA

Gentílico: hulhanegrense

Coordenadas Geográficas: 31° 24′ 14″ S 53° 52′ 08″ O

Altitude da zona urbana: 187 m

População: 6.894 hab.

Área: 822,068 km²

Densidade demográfica: 8,4 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 410 km.

Expectativa de vida ao nascer: 73 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 213.292.632,00

IDH (2010): 0,643

Emancipação: 1992

Site Oficial: https://hulhanegra.rs.gov.br/

Destaca-se no município, emancipado nos anos 1990, a Festa do Colono, realizada por volta do mês de agosto. Apresenta agropecuária e reservas de carvão.

LAVRAS DO SUL

Gentílico: lavrense

Coordenadas Geográficas: 30° 48′ 46″ S 53° 53′ 42″ O

Altitude da zona urbana: 277 m

População: 7.157 hab.

Área: 2.600,9 km²

Densidade demográfica: 3 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 320 km.

Expectativa de vida ao nascer: 77 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 269.618.551,00

IDH (2010): 0,699

Emancipação: 1882

Site Oficial: https://www.lavrasdosul.rs.gov.br/

Município com a presença de bastante campo nativo e rochas,  e com a presença de várias fazendas de criação de gado bovino e ovino e soja, é um dos 25 maiores municípios gaúchos em superfície. É pequena em população, mas grande na sua história e potencialidades. É conhecido pelo seu carnaval, tradicional centenário e bastante movimentado.

PEDRAS ALTAS

Gentílico: pedrasaltense

Coordenadas Geográficas: 31° 43′ 58″ S 53° 35′ 02″ O

Altitude da zona urbana: 375 m

População: 1.964 hab.

Área: 1.374  km²

Densidade demográfica: 1 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 410 km.

Expectativa de vida ao nascer: 74 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$  144.473.286,00

IDH (2010): 0,640

Emancipação: 1999

Site Oficial: https://www.pedrasaltas.rs.gov.br/

O Castelo da Família Assis Brasil, referência do município, começa, aos poucos, a ser revitalizado. É o menor município em população da região, com menos de 2 mil habitantes, e faz fronteira com o Uruguai.

PINHEIRO MACHADO

Gentílico: pinheirense

Coordenadas Geográficas: 31° 34′ 40″ S 53° 22′ 51″ O

Altitude da zona urbana: 436 m

População: 12.122 hab.

Área: 2.248,22 km²

Densidade demográfica: 5,4 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 420 km.

Expectativa de vida ao nascer: 76 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 304.330.055,00

IDH (2010): 0,661

Emancipação: 1879

Site Oficial: http://www.pinheiromachado.rs.gov.br/

O município apresenta uma grande produção ovina. Sua parte norte apresenta baixas temperaturas e até neve no inverno.

SANTANA DA BOA VISTA

Gentílico: santanense-da-boa-vista

Coordenadas Geográficas:  30° 52′ 19″ S 53° 06′ 54″ O

Altitude da zona urbana: 306 m

População 7.819 hab.

Área: 1.420,62 km²

Densidade demográfica: 5 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 293 km.

Expectativa de vida ao nascer: 73 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 143.197.691,00

IDH (2010): 0,633

Emancipação: 1965

Site Oficial: https://santanadaboavista.rs.gov.br/

Situa-se dentro da Serra do Sudeste, com morros e locais com bastante natureza.

SANTANA DO LIVRAMENTO

Gentílico: santanense

Coordenadas Geográficas:  30° 53′ 27″ S 55° 31′ 58″ O

Altitude da zona urbana: 208 m

População:  84.421 hab.

Área: 6.946,41 km²

Densidade demográfica: 11 hab./km²

Distância à Capital (Porto Alegre): 488 km.

Expectativa de vida ao nascer: 76 anos

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 2.305.549.649,00

IDH (2010): 0,727

Emancipação: 1823

Site Oficial: https://www.sdolivramento.com.br/

A “Fronteira da Paz”, como é conhecida, divide Livramento com a cidade uruguaia de Rivera, com uma grande integração populacional, cultural e comercial entre as duas cidades (e os dois países), divididos apenas por ruas e/ou praças, cada lado delas em um país. A região é um dos maiores centros de compras da América Latina, tem uma excelente gastronomia (parrijada, alfajor, chivito, pancho e outros) e também possui uma integração linguística. Em 2024, terá início a operação do trem turístico (Trem do Pampa). Livramento foi a terra natal de grandes nomes da cultura gaúcha e brasileira, como o tradicionalista Paixão Cortes e o cantor Nelson Gonçalves. O Cerro Palomas, elevação isolada em meio aos campos da região, com mais de 300 m de altitude, é um dos maiores bens naturais do município.

FONTES:


ASPECTOS GERAIS

Com sua classificação definida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2004, o Pampa Gaúcho (Bioma Pampa) compreende 63% da área total do Rio Grande do Sul. A nível de Brasil, é um bioma exclusivamente gaúcho (ocupa cerca de 2,4% do território nacional; vide mapa abaixo e ao lado esquerdo, com sua localização no Brasil); porém, é uma extensão dos pampas argentinos e uruguaios que, unidos, formam um ecossistema de mais de 700.000 km², sendo a maior extensão de pastagens naturais do Mundo.

O Pampa, segundo a nova classificação, exclui os Campos de Cima da Serra (região de São Francisco de Paula, Vacaria e Bom Jesus, na divisa com Santa Catarina), mas inclui toda a faixa litorânea, as Serras do Sudeste (onde está situada Lavras do Sul), as fronteiras com Uruguai (toda a extensão) e Argentina (entre Barra do Quaraí até São Borja/Garruchos); compreende a chamada Depressão Central e também a Região Metropolitana e Porto Alegre.

Dentro da área do Bioma Pampa, além de Lavras do Sul, localizam-se diversos municípios do Estado, entre os quais: a Capital, Pelotas, Santa Maria, Bagé, Santana do Livramento, Jaguarão, Capão do Leão, Camaquã, São Lourenço do Sul, Alegrete, Uruguaiana, Rio Grande, São Gabriel, Rosário do Sul, Caçapava do Sul, Cachoeira do Sul, São Sepé, Quaraí, Dom Pedrito, Osório, Guaíba, Canguçu, São Borja, Santiago, Gravataí, Canoas, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Tramandaí, Torres, Charqueadas, Rio Pardo, Eldorado do Sul, Encruzilhada do Sul, São Jerônimo, Piratini e outros.

Características e Biodiversidade

O Pampa caracteriza-se pela presença de vegetação herbácea (plantas e gramíneas de pequeno porte, de 10 a 50 cm), relevo plano e homogêneo, criação de gado e arroz e semelhança a um imenso tapete verde. Ao contrário do que historicamente se imaginava e os pesquisadores afirmavam, o Pampa apresenta uma grande biodiversidade de fauna e flora.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizou um levantamento nos anos 2000 que revelou detalhes inéditos sobre a biodiversidade pampeana: a fauna de aves e pássaros é um das mais conservada do Planeta, face à grande quantidade de insetos e animais de pequeno porte existentes no campo para sua alimentação. Foram catalogadas, só no Pampa brasileiro, mais de 3 000 espécies de plantas (450 só de gramíneas), 150 tipos de leguminosas e 70 espécies de cactos. Além disso, estão catalogados 385 tipos de aves e 90 tipos de mamíferos.

Dentre as diferentes espécies animais encontradas, citaremos como exemplo: ema, ratão-do-banhado, caturrita, zorrilho (gambá), coruja, carcará (espécie de águia) corvo (urubu), lagarto, capivara, papa-mosca-do-campo, corruíra-do-campo, quero-quero, gavião-chimango, tatu (mulita), veado-campeiro, lobo-guará, graxaim, pica-pau, anu-preto, espécies de escorpião e aranha.

Quanto à flora, encontraremos, entre outras: butiazeiro, gerivá, taquaruçus, salgueiros, cactos (foto ao lado), cinamomos, figueiras, aroeiras, orquídeas, bromélias, macelas, entre outras, além de capões de matos e árvores de grande porte (isolados em campos limpos e abertos) e locais de mata ciliar (ás margens dos rios e arroios).

O Pampa apresenta elevações (Serra do Sudeste) com altitude máxima de 600 metros (Cerro Quitéria, no extremo sul do Município de São Jerônimo), mas a maior parte de sua topografia não ultrapassa 200 metros (no território de Lavras, as altitudes variam de 90 a 450 m acima do nível do mar, aproximidamente). Na região de Livramento e Alegrete, apresenta a Cuesta de Haedo (paisagem associada ao arenito Botucatu, que com a decomposição, apresenta depósitos de areia). Encontramos no Pampa Gaúcho elevações de porte médio, como as Serras de Caçapava, do Canguçu, das Encantadas e das Encantadas, o Cerro do Jarau (Quaraí), o Cerro Palomas (Livramento), a Coxílha do Caverá (São Gabriel e Rosário do Sul) e os morros de Porto Alegre (altitude máxima de 311 metros, no Morro Santana, situado na porção leste dessa cidade), e Itapuã (Viamão).

O Clima é bem definido: verões muito quentes e invernos muito frios. A média anual de volume de chuvas é de 1.100mm a 1.300mm.

Os principais rios são o Jacuí, Camaquã, Ibicuí, grande parte do Rio Uruguai, Quaraí, Jaguarão, Santa Maria, Vacacaí e Piratini. É no Pampa que encontramos a Laguna dos Patos (com mais de 10.000km² de área), a Lagoa Mangueira, a Lagoa Mirim (que banha áreas do Brasil e do Uruguai), além de mais de 60 lagoas costeiras.

A costa gaúcha, reta, plana e com poucas “entradas” e “interrupções” (apenas no Chuí, Cassino, Tramandaí e Torres) tem 622 km de extensão, sendo a maior faixa litorânea contínua do Mundo. Uma curiosidade: parte das terras de Osório tem a mesma característica de relevo (plano, de baixa altitude) e vegetação (campos, gramíneas e plantações) de Uruguaiana; o fato é que estes dois municípios estão distantes 725 km entre si, sendo este um dos motivos para que o Bioma Pampa englobasse regiões gaúchas que são geralemente distintas, a nível geográfico e político.

Embora Porto Alegre faça parte do Bioma, menos de 1% do Pampa é urbanizado, tendo assim um ambiente natural bastante preservado.

Economia

O cultivo do arroz, da soja e a criação de gado (bovino e ovino) são, na atualidade as principais atividades econômicas do Pampa.

Histórico centro produtor de charque e de grandes frigoríficos, o Pampa apresenta, nos dias de hoje, dificuldades para a consolidação de indústrias e emprego. Lavras e municípios vizinhos possuiam expolração mineral, hoje esgotada. No entanto, jamais se deve desistir do sonho de uma reviravolta econômica na Metade Sul gaúcha (na qual quase todo o Pampa se encontra). Com garra, luta e vontade política, os Pampas, uma região repleta de potencialidades, com certeza poderá se transformar em mais um grande pólo econômico gaúcho. Economia, claro, sempre associada ao ato de não degradar o ambiente natural, de forma sustentável e racional.

Problemas e soluções ambientais

O Bioma Pampa começa a merecer grande atenção nos últimos anos, por já estar ameaçado em muitos aspectos ambientais, embora haja aspectos ainda não afetados (como o grande número de aves, conforme já citado neste texto).

Um dos grandes enigmas do Pampa é a chamada desertificação ou arenização de áreas da Campanha, em locais de Alegrete, Manoel Viana, Livramento, Santiago, São Vicente do Sul, Cacequi e outros. A “arenização” (cabe aqui esclarecer que o termo “desertificação” é incorreto), embora ocorra de forma natural, foi agravada pela ação humana (registrada, inclusive, por documentos datados de 1816). A erosão natural (proporcionada pelas condições geológicas de algumas das áreas do Pampa) mas, principalmente o ação de degradação de ambiente pelo homem ocasiona o surgimento de vastas áreas de areia, que se assemelham a “desertos” (termo errado, pois os índices de chuva de um deserto são inferiores a 300mm anuais, três vezes menores que os do bioma gaúcho).

Alem da arenização, ameaças ambientais como a introdução de monoculturas agrícolas (que, em muitos casos, dão origem a impactos não satisfatórios ao ambiente e à sociedade). Uma solução proposta é a realização de técnicas que possibilitem um desenvolvimento econômico com sustentabilidade.

A necessidade de preservação ambiental do Pampa é cada vez mais forte. Embora são muito poucas as unidades de preservação ambiental oficializadas na região, projetam-se fazem-se necessárias a criação de novos locais para a manutenção de um ecossistema peculiar no Brasil.

As unidades de conservação e preservação do ambiente mais importantes do Pampa, em 2009, são: o Parque Nacional da Lagoa do Peixe (Mostardas/Tavares), a Reserva Ecológica do Taim (Rio Grande), a Área de Proteção Ambiental Ibirapuitã (Livramento/Alegrete – maior unidade de conservação da natureza do Rio Grande do Sul em área) e o Parque Estadual do Espinilho (em Barra do Quaraí).

Microrregião da Campanha Meridional e Região Turística do Pampa Gaúcho

A microrregião da Campanha Meridional, que faz parte do Pampa Gaúcho, é uma das microrregiões do estado brasileiro do Rio Grande do Sul pertencente à mesorregião Sudoeste Rio-Grandense. Sua população foi estimada em 2005 pelo IBGE em 179.093 habitantes e está dividida em cinco municípios. Possui uma área total de 14.259,907 km². A Campanha Meridional é composta por cinco municípios: Aceguá, Bagé, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul

Apresentando altitudes que variam entre 90 e 450 metros, a Campanha Meridional apresenta paisagens que variam entre as colinas suaves, campos planos e limpos e pequenas serras. As sedes municipais de Aceguá, Bagé e Lavras do Sul alcançam cotas acima de 200 metros. Os verões e invernos são bastante rigorosos. A vegetação varia entre campos com pequenas porções de mata a campos planos compostos de gramíneas e lavouras de arroz, em trechos de Dom Pedrito e Bagé. Os principais rios são o Santa Maria, o Camaquã e a nascente do Rio Negro, em Bagé, cujo curso corta o território uruguaio. As principais atividades econômicas da Microrregião são a pecuária (gado de corte), a produção de couro, a produção de cereais e arroz, a fruticultura e o turismo rural. Espanhóis, portugueses, uruguaios, argentinos, negros e europeus de diversas nacionalidades são as principais etnias formadoras da população da Campanha Meridional. É uma região típicamente agropecuária, com origem na criação extensiva do gado e influenciada pela proximidade com os países platinos. Bagé é o município mais populoso, com cerca de 112.000 habitantes, segundo o IBGE (2022).

Dom Pedrito é o município mais extenso da Campanha Meridional, com cerca de 5.193 km². Depois, em ordem decrescente de área, estão Bagé, Lavras do Sul, Aceguá e Hulha Negra. Se formos considerar a classificação através dos COREDES (Conselhos Regionais de Desenvolvimento), acrescentam-se na microrregião os municípios de Caçapava do Sul e Candiota.