BLOG: Rio Camaquã

O Rio Camaquã possui suas nascentes em Lavras do Sul e municípios vizinhos, fazendo com que a porção oriental do município pertença à bacia hidrográfica do mesmo. Possui cerca de 430 km de extensão, passando por municípios como Santana da Boa Vista, Encruzilhada do Sul e Amaral Ferrador, e desembocando na Laguna dos Patos, na divisa de Camaquã com São Lourenço do Sul. A Bacia do Rio Camaquã possui uma superfície de 21.517,58 km², correspondendo a 7,6% do Estado, abrangendo 26 municípios e cerca de 255 mil habitantes.

Seu curso corta diversas regiões de rochas, formando pequenos cânions em sua parte mais elevada.

BLOG: Mais dados geográficos sobre Lavras do Sul/RS

 

TOPOGRAFIA E RELEVO

A altitude média de Lavras do Sul é de 277 metros acima do mar. No entanto, regiões de limites com São Gabriel e Vila Nova do Sul tem altitude acima dos 460 metros. Na saída para São Gabriel e Ibaré – Parque do Sindicato Rural – a altitude é aproximadamente 400 m.

No Ibaré (distante 47 km da Sede Municipal), as altitudes locais são menores (entre 180m e 250 m), com a Serra do Ibaré ao lado (mais de 400 m).

No limite com Dom Pedrito (às margens do Rio Santa Maria), as altitudes não ultrapassam 100 m. Esta região está localizada a quase 100 km da Sede Municipal.

As principais elevações lavrenses são a Serra do Ibaré, os Cerros da Mantiqueira, as Pontas do Salso e o Tabuleiro. O Rincão do Inferno (o lado lavrense é propriedade particular), no limite com Bagé, é outro destaque do relevo de Lavras do Sul.

Diversos tipos de rochas são encontrados em Lavras do Sul. Sua riqueza mineral fez do município o único do Rio Grande do Sul surgido através da extração do ouro e de outros minerais.

Os solos lavrenses formam campos nativos (mais de 80% do território lavrense tem esta composição), dando condições para uma pecuária de alta qualidade.

Na zona urbana, há diversas lombas (ladeiras), algumas íngremes (como a rua Oswaldo Aranha, nos altos cidade), além de vias de acesso em condições mais planas (como a avenida Coronel Galvão).

HIDROGRAFIA

A Hidrografia de Lavras do Sul é composta por duas bacias distintas, separadas por um divisor de águas natural (localizado na Meia Lua, interior do município): Rio Camaquã (53% do território lavrense) e Rio Santa Maria (47% da área do município.

Também na Meia Lua, o Marco Gaúcho das Águas, ponto inaugurado em 2004 caracterizado por um marco erguido em uma fazenda no limite com São Gabriel, marca um tríplice encontro da Bacias do Guaíba, Camaquã/Sudeste e Santa Maria/Rio Uruguai. O nome do local inspirou a criação do CTG Marco das Águas, em 2017.

O Arroio Camaquã das Lavras banha a Sede e engloba a Praia do Paredão (patrimônio natural localizado a menos de um quilômetro do centro da cidade, onde está estabelecido o Camping Municipal Zeferino Teixeira, inaugurado em meados dos anos 1980).

Por sua vez, o Arroio Jaguari banha o Segundo Distrito (Ibaré). Tanto o Camaquã das Lavras como o Jaguari apresentam bancos de areia em meio ao seu leito, que são originados do transporte de sedimentos (resíduos que foram areia e diversos minerais)

Tanto no leste como no oeste, há cursos d’água fazendo limites municipais (a leste, o Arroio do Hilário divide Lavras do Sul e Caçapava do Sul; a oeste, o Rio Santa Maria forma curvas, geograficamente chamadas de “meandros”, que fazem limite com Dom Pedrito).

VEGETAÇÃO E FAUNA

A vegetação lavrense é composta por três tipos básicos: os campos nativos (que correspondem a mais de 80% do território); as matas remanescentes da Bacia do Paraná (14% do território); e os banhados (próximos ao Rio Santa Maria), que representam menos de 2% da superfície lavrense. Há uma diversidade de plantas e animais no município. Cactus, aroreiras, cinamomos, araucárias e diversos tipos de plantas, típicos de vários biomas brasileiros podem ser encontrados em Lavras do Sul.

Há, segundo o site WikiAves, no mínimo 200 espécies de aves e pássaros na natureza lavrense. Também em Lavras do Sul, podemos encontrar mamíferos, peixes de açudes e cursos d’água, répteis, anfíbios e insetos, entre outras espécies.

Os animais domésticos são bastante estimados pelos lavrenses. No entanto, há casos de abandono, especialmente de cães, gatos e cavalos. Nos últimos anos, foi criada a ONG Patinhas de Ouro e também o Centro de Zoonoses (localizado no antigo Mercado Público, na Rua Cel. Meza). As entidades tem o objetivo de dar ajuda a animais domésticos que sofreram abandono e maus tratos, além de realizar castrações de animais, na tentativa de reduzir a população dos mesmos na cidade.